Conheci Roberto Pontes no evento da UFC em que estive presente no ano passado. Participei também de um minicurso por ele ministrado sobre a teoria que ele “inventou” e que trabalha com os alunos, a Teoria da Residualidade. Achei muito interessante e ainda falta eu ler dois livros que ele deu aos participantes que falam sobre a teoria. O livro Memória Corporal também me foi dado por ele, depois de uma promessa que o traria no dia seguinte. Fiquei muito feliz por que ele realmente trouxe no dia seguinte e já autografado, o que me marcou profundamente por sua gentileza (infelizmente estou acostumada com promessas vãs).
O livro é de poemas e possui ilustrações de Picasso. De 1982, o livro é sensual, sem ser pornográfico; insinuante, sem ser escrachado; erudito, sem ser pedante.
A natureza ora se manifesta participante, à maneira das canções de amigo, em que os personagens e o amor aderem ao cenário, chegando a ganhar sua espécies o nome da paisagem em que decorre tanto a espera quanto o encontro ou a realização do amor. Ora se torna confidente, à maneira dos românticos, em que a ambiência tende ao lunar, ao silêncio, ao melancólico; ora, ainda, se mostra contundente, ao remeter, de modo inesperado, a correlações semânticas que instalam uma carga corrosiva, através das quais marca-se uma ruptura com o clima idílico predominante na obra… (Prefácio do Livro escrito por Lúcia Helena)
Li rapidinho, e sou um tanto que chata com poesia, porém, não é por que conheci o escritor e achei ele o máximo, que deixei interferir na minha opinião acerca do livro, pois SIM, gostei muitoooooo do livro.